A Sociedade Brasileira de Genética (SBG), por meio do portal Saiba Mais sobre Biotecnologia, acaba de lançar um módulo sobre animais geneticamente modificados dedicado para o mosquito da dengue transgênico, o qual é visto como a melhor chance para impedir a proliferação da doença.
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A pesquisa
Em relação ao Aedes aegypti, o presidente da SBG, o professor Carlos Menck, explica que a primeira ideia dos cientistas foi utilizar uma técnica com radiação para provocar lesões no material genético do mosquito macho, tornando-o estéril. “Essa ideia, no entanto, não deu certo, pois a radiação prejudicava todos os órgãos do inseto, reduzindo as chances do mosquito irradiado interferir na população geral dos mosquitos. Após isso, apenas, é que a técnica de modificação genética começou a ser testada. Recentemente também foi testada na cidade de Juazeiro, na Bahia, e, hoje, as equipes brasileiras, coordenadas pela drª. Capurro (que desenvolveu esses mosquitos), já têm perspectivas de fazer os testes em cidades maiores”, conta.
Para Menck, se comprovada a eficácia do mosquito transgênico para impedir a disseminação da dengue, esse será um marco e uma contribuição do Brasil para a saúde mundial, pois, a longo prazo, certamente conseguirá erradicar a doença. A pesquisa e a nova técnica brasileira já foram aprovadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
A dengue no Brasil
De acordo com resultado do LIRAa 2011 (Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti), divulgado em dezembro do ano passado, 48 municípios brasileiros estão em situação de perigo para surto de dengue e 4,6 milhões de pessoas vivem em áreas de risco para epidemia. A mesma pesquisa aponta que 236 cidades estão em alerta e 277 possuem índice satisfatório. Os municípios em risco estão localizados em 16 estados brasileiros: quatro na região Norte; sete no Nordeste; três no Sudeste; um no Centro-Oeste e um na região Sul. Além disso, a estimativa é que, em todo o mundo, mais de 50 milhões de pessoas são infectadas pelo mosquito.
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