segunda-feira, 14 de junho de 2010

Livro digital x livro tradicional


Como estimular a leitura? O livro digital ameaça as editoras e sugere o desaparecimento do livro tradicional? Ou há novas possibilidades de negócios na cadeia do livro? Estas foram algumas das questões discutidas na semana passada, durante a XXIII Reunião Anual da Abeu (Associação Brasileira das Editoras Universitárias), na sede da Fundação Editora da Unesp, em São Paulo.
Um aspecto levantado por Eliane Yunes, da Cátedra Unesco de Leitura (PUC-RJ), é o papel dos professores como mediadores da leitura, "ensinando os alunos a lerem os textos, destrinchando-os, articulando-os, correlacionando os conhecimentos".
Outro fator identificado como estimulante é o acesso aos bens. Nesse sentido, "a internet configura-se como um instrumento facilitador", afirma Eliane, ressalvando, entretanto, que não é neste espaço que se forma um leitor. "A universidade pode formar novos e perenes leitores, mas cabe ao professor perceber e trabalhar a heterogeneidade de seus alunos", referendou João Luiz Ceccantini, professor do curso de Letras da Unesp, câmpus de Assis e vencedor do Prêmio Jabuti 2009, com o livro Monteiro Lobato: livro a livro.
Para o filósofo Pablo Ortellado, professor da USP, a digitalização do livro tem um impacto fundamental na difusão do conhecimento entre classes sociais, que antes não conseguiriam adquirir os livros. Segundo dados do Observatório do Livro e da Leitura, pelo menos 3% dos leitores brasileiros são adeptos de mídias digitais (dados de 2008). "O livro digital veio para ficar", afirmou o diretor da entidade, Galeno Amorim.
Ainda não há números oficiais sobre a venda de conteúdo digital no Brasil, mas estima-se que cerca de 7 milhões de habitantes baixem livros diariamente pela internet e, destes, a maioria é jovens de 14 a 17 anos.

Fonte:Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp

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