sexta-feira, 17 de junho de 2011

Jovens brasileiros acreditam na disseminação de conhecimento, aponta estudo


Nesta semana foi lançado um estudo chamado Sonho Brasileiro. Nele, foram entrevistados, de maneira quantitativa e qualitativa, milhares de jovens brasileiros com idades variando de 18 a 24 anos. Os resultados com relação à educação mostraram a preocupação e a conscientização do jovem com relação ao ensino nacional.



O jovem brasileiro acredita principalmente no fato que o conhecimento adquirido não deve ser apenas mantido e acumulado para si mesmo. As informações, portanto, devem circular e ser compartilhadas dentro da sociedade, de modo a gerar uma transformação, uma vez que, se estiverem estagnadas, paradas, essas informações perdem seu valor.

Esse mesmo público, no entanto, afirma sentir falta de espaços alternativos para disseminação do conhecimento além das escolas, colégios e universidades; dentre os espaços citados como possíveis soluções estão a comunidade e as redes sociais. “Eu fui me desnudando de muitos preconceitos que eu tinha. Um deles foi da favela, pensava que as pessoas que não tinham a me oferecer, em matéria de conhecimento. Vi que o conhecimento não precisa vir de escolas e faculdades, mas também existe no dia-a-dia. Aprendi a achar conhecimento em lugares que eu achava que não existia”, afirma um dos jovens entrevistados.

A maioria dos brasileiros ainda destaca a importância de se valorizar as experiências informais e das tradições populares como fonte de conhecimento. 82% dos jovens brasileiros afirmaram que escolas e universidades deveriam valorizar mais as experiências que trazem da sua vida, enquanto que 81% dos entrevistados concordaram que as tradições populares são tão importantes quanto as escolas para repassar conhecimento.

Por fim, os entrevistados ainda declaram a importância da formação de “educadores sociais”, pessoas que sejam capazes de estimular a transformação social. Um exemplo levantado pelo estudo é o caso da carioca Sara Zarucki, formada em Ciências Sociais e que hoje dá aulas de cidadania, responsabilidade social e ética na Associação São Martinho.

Hoje, posso dizer que estou muito feliz em poder transmitir conhecimento. Eu tento tirar a idéia consumista dos meus alunos, acho que 5% que eu consigo mudar neles, trabalho propaganda, trabalho consumo, relações sociais, o pouco que eu puder ampliar na cabeça deles, mostrar que o mundo não é shopping, eu fico feliz”, disse Sara.

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