Projeto sobre literatura trabalha autoestima de alunos em São Paulo

Um projeto está mudando os hábitos de leitura dos estudantes do ensino fundamental da zona leste de São Paulo (SP). Trata-se da Academia Estudantil de Letras (AEL), uma estratégia pedagógica cujo sucesso já ultrapassa os limites da capital paulista, indo para outras cidades e Estados.

Inspirada na Academia Brasileira de Letras (ABL), a AEL foi criada em 2005 na Escola Municipal Padre Antônio Vieira, no Jardim Nordeste, na região de Artur Alvim, bairro da zona leste da capital paulista, onde 18 escolas da rede municipal de ensino fundamental já contam com a iniciativa. Essas instituições já reúnem 85 estudantes, os quais fazem parte de 61 cadeiras literárias.

De acordo coma idealizadora do projeto, Maria Sueli Fonseca Gonçalves, uma unidade da academia já foi implantada no Rio Grande do Norte. Maria, que é assistente técnica de educação da Diretoria Regional de Educação, órgão da prefeitura de São Paulo (SP), explicou que a ideia é despertar no aluno o interesse pela escola trabalhando a sua autoestima. “O que nós buscamos é um conceito de inclusão, de trabalhar a autoestima, mostrar o potencial de cada um. Já pudemos ver casos de alunos que toda a semana tínhamos de chamar os responsáveis por causa de seus atos de indisciplinas mudarem o seu comportamento.”

“Tentei criar uma maneira lúdica de incentivar em crianças e jovens o amor pela leitura. Na medida em que eles leem os livros, imitam personagens, refletem sobre as ações desses personagens e, com isso, estão pensando na própria vida”, explicou a idealizadora.

Nas unidades, os alunos também são estimulados a conhecer a vida e a obra de autores que vão dos clássicos de séculos passados até os contemporâneos. As aulas ocorrem uma vez por semana e a maioria tem idade entre 6 e 14 anos. No entanto, também são admitidos estudantes de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Com informações da Agência Brasil. Foto meramente ilustrativa. Fonte: sxc.hu.