quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Estudo revela aumento no bullying via mensagens de celular


Um estudo realizado nos Estados Unidos com estudantes dos ensinos fundamental e médio revelou que o bullying por meio de mensagens de texto no celular tem aumentado nos últimos anos, ao passo que o ciberbullying (comentários ofensivos via computador) tem permanecido igual.

A pesquisa foi feita por meio da internet em 2008 com 1.588 alunos entre 10 e 15 anos. Foi o terceiro ano que o questionário foi aplicado. Segundo os dados obtidos, 24% dos jovens admitiram ter recebido mensagens de celular ofensivas pelo menos uma vez. Este número é maior do que os dados do ano anterior, onde apenas 14% dos estudantes afirmaram terem sido atormentados.

No entanto, o bullying propriamente dito (definido pelos pesquisadores como ser ridicularizado repetidas vezes) foi admitido por apenas 8% dos alunos - índice maior que em 2007, quando 6% dos estudantes afirmaram ter sofrido com isso.

Com base nos resultados, os pesquisadores disseram que, apesar de não ser necessário tomar medidas drásticas (como retirar os aparelhos celulares dos filhos), é preciso prestar atenção ao comportamento da criança. "Isto não é uma razão para ficar preocupado ou tirar os celulares dos jovens. A maioria das crianças sabe utilizar por essas novas tecnologias de maneira bastante saudável", declarou Michelle Ybarra, pesquisadora do Internet Solutions for Kids, órgão responsável pelo estudo.

Quando se trata do assédio por meio da internet, o número permanece elevado, mas estável. 39% dos alunos entrevistados confirmaram terem recebido mensagens ofensivas pelo computador ao menos uma vez, enquanto que o ciberbullying (novamente tido como o ato de ser ofendido repetidamente) só foi admitido por menos de 15% dos estudantes.

Dentre os jovens que responderam à pesquisa, apenas 20% disseram ter ficado muito ou extremamente chateados com as ofensas. Isto representou uma queda de 5% em relação ao estudo de 2007, o que, para Michelle, é um bom sinal. "Se o bullying online estivesse piorando, eu esperaria que mais crianças dizendo que ficam chateadas com isso. Mas não é o caso, então são boas notícias".

Para a pesquisadora, no entanto, essa pequena melhora não significa minimizar os sentimentos dessas crianças. "Nós precisamos fazer um trabalho melhor para identificar essas crianças e ajudá-las", concluiu.

Com informações da Reuters Health. Imagem meramente ilustrativa. Fonte: sxc.hu.

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